Uma hora o luto te encontra. Eu vi essa frase no insta, e acho que é verdade. As vezes, eu vou vivendo a vida, correria, serviços, horários, casa pra limpar, doideiras, e eu fico imersa e esqueço de sentir.
Mas tem horas que as coisas mais simples me fazem recordar da Dany, e nos pequenos detalhes eu a encontro novamente. As vezes é uma música, uma imagem, um momento que se assemelha ao que vivemos, e nessas horas eu me questiono como meu real eu consegue existir sem compartilhar a vida com ela.
Eu cresci numa bolha do medo, do não saber, do não poder, numa cidade pequena, onde não me sentia pertencente. Eu achava estranho o caminhar da vida sem muito bem entender o porquê, e as pessoas também me achavam estranha sem muito bem entender o porquê, eu crescia e nada parecia se encaixar.
Quando a Dany chega e se torna a minha amiga, eu descubro os brilhinhos da vida, e as coisas por um pouco, pelo menos com ela, começam a fazer sentido.
Ela era uma moça perceptiva, carismática, e amante da arte e da beleza dos momentos. Muito do que reproduzo hoje eu aprendi com ela, as bonecas, as músicas, as maquiagens, a arte, e principalmente as vivências, as reflexões. Ela me trazia o mundo quando eu sentia que não encaixava, e eu podia compartilhar o meu mundo com ela.
Teve uma época na adolescência, bem quando descobríamos as bonecas bjd e o mundo fashion na internet, que começamos a desenhar tudo isso que encontrávamos.
A gente copiava por cima os traços das fotos, e depois redesenhava e pintava.
Lembro das madrugadas que virávamos desenhando e conversando (e minha mãe vindo brigar por causa do barulho haha).
Eu me reencontrei com esses desenhos dia desses, e resolvi postar aqui.
Eu também fiquei viciada em desenhar os meninos do big bang que a nossa minha boy band favorita haha.
Comentários
Postar um comentário