Revistas japonesas 01 e um pouco de vergonha alheia

Começei a gostar de revistas japonesas na adolescência, quando a moda de rua do Japão me brilhou os olhos.
Na época comprar as coisas via net não era tão acessível pra mim, então um dia fui visitar minha tia que morava em SP, e claro que uma pequena amante da cultura asiática (meio otakinha que não assistia muito anime) iria na liberdade né hahaha
Lá eu encontrei algumas revistas japonesas, e foi só alegria.
A primeira que eu comprei foi a EGG, uma revista voltada ao mundo e ao estilo gyaru, que era o que amava seguir na época. Essa é de 2012.
Explicando no raso, as pessoas que seguem esse estilo costumavam ter a pele bronzeada, os olhos grandões com técnicas de maquiagem que os aumentavam e circle lens.
Os lábios eram geralmente mais voltados pra o tom nude (devido a moda da época também), o cabelo loiro, ou com mechas, as unhas grandes cheiras de fru-fru. 
As roupitchas era algo um pouquinho mais sexy ou sensual.
As makes são tudo.
O estilin do carinha.
Mesmo hoje com o google tradutor onde é só tirar uma foto e ela traduz o texto escrito, eu ainda não sei o que diz essas revistas. Acho que envolve moda, comportamento, tendências estética, beleza e magreza. 
Uma coisa que essas revistas japas tem que não gosto muito são como deixar mais magro um corpo já magro... sem comments...
 
Uns anos a frente comprei a revista Ageha, que também é sobre o estilo gyaru. Mas nessa as modelos já não estão tão bronzeadas.
Tem isso também, o estilo gyaru tem alguns sub-estilos como o hime gyaru, onde as pessoas se vestem mais como princesas, ou o yamanba onde a maquiagem é bem chamativa.
Mas com o passar do tempo o próprio estilo em sua essência foi mudando para algo mais clean, mais fresh, menos make, ficou mais fru-fruzinho, vou dizer assim.
E essa já é mais recente, de 2017.
Na conturbação da minha cabeça essa modelo é a cara da Yara Sofia haha
Voltando
Essas revistas tem muita informações e as fotos super editadas, mas é legal esse formato.
Essa tirinha é dessa mina ai de cima, a boneca desenhada é a cara dela.
Só um pouquinho de plástica só.
Lembro que cheguei a cogitar se essa modelo não era Rômolo Cricca.
A gente trocava ideia beeeem nos primórdios do mundo dos blogs.
very beautiful

Revista Ranzuki.
Essa é de 2016 e tem o estilo mais delicadinho, numa época que o gyaru se transformou para algo muito mais "clean".
Apesar de algumas peças datadas, essa revista tem roupas bem atemporais.
Os cabelos são demais!
A make mais delicatê.
Aí o que eu falei da magreza...

Eu amava esse estilo, ele me ajudou a me conhecer de algum modo e encontrar uma beleza pra mim, pois na época (assim como hoje) os padrões não me vestiam.

Mas é meio controverso até, pois esse estilo modifica muito as pessoas e também é alimentado de padrões irreais.
Não sei, só sei que na época de adolescência eu amava, e me arriscava a me vestir e me maquiar assim.
Só que meus recursos eram escassos e ficava sofrido pois eu improvisava tudo. 
Saca só.
Eu devia ter uns 15 ou 16 anos, sei lá. 


Não me pergunte o está escrito em japones pois não saberei responder com certeza.
Eu colocava qualquer coisa no google e o que saia, saiu.
Muita coisa ficava igual as tatuagens das pessoas que escrevem em kanji e acham que estão arrasando, e no fim está escrito "porco frito" ou "estrangeiro burr0", por aí hahaha ai que pesado.
Um pouquinho de filtro.
Ah, o marco foi quando eu comprei uma lente Circle Lens e só usava ela nas fotos.

Essas daqui é de um dia que cheguei do curso e achei que meu cabelo estava "Roiworld", nessa época meu foco do gyaru começou a mudar para os ulzzangs.
Eu me inspirava muito nessa modelo. 
Hong Young Gi o nome dela.

E na fase de gyaru a Tsubasa Masuwaka era minha diva.
 
Amou?
Eu acho legal ver os xovens de hoje (os xibuxos da liberdade e a geração tik tok), mais estilosos podendo se expressar estéticamente e na moda.
Pois pra mim na adolescência (isso lá por 2008 e mais pra frente até) era muito dificil ter acesso a coisas mais alternativas. Além de não ter condições financeiras eu também não tinha onde encontrar essas roupas e makes, daí eu improvisava e era feliz.
Era muito legal.
Hoje em dia com quase 30 anos senti que perdi um pouco minhas referências estéticas, mas não sei se as perdi ou se só realmente filtrei o que eu sou.

Sobre o estilo gyaru, senti que ele foi perdendo a popularidade conforme foi passando os anos, assim como o Lolita, mas sempre tem uma ou outra pessoa que o segue o estilo, acredito eu. Eles devem estar em bolhas fiéis das quais não tenho o conhecimento.
Se bem que com o revival dos anos 2000 acho muito provável o gyaru voltar.

Mas são fases né, e pra mim essa já passou.
E é isso por hoje.

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