As Barbies da infância parte 1

Posso dizer que apesar dos pesares eu fui uma criança muito feliz com as minhas barbies.
Brincar, imaginar, sonhar e criar histórias mirabolantes era muito divertido e hoje depois de adulta vivo a resgatar essa sensação de entrega inteira e plena que sentia.

Acontece que assim como hoje eu era arteirinha então essas barbies sofreram nas minhas mãos, coitadinhas haha

Minhas barbies eram ganhadas e compradas, tinha desde original (que era um marco na minha vida) as clássicas do paragueixon.

E eu também criava os looks, pintava o cabelo, passava make, colocava cabelo de lã, piercing de alfinete, a única coisa que não sabia fazer era costurar mas dava meus truques para fazer as roupinhas.

Quando entrei na adolescência eu quis me desvincular de tudo que me fazia ser "infantil", então doei a maioria dos meus brinquedos (o que me arrependo muito hoje), mas as barbies (minhas e da minha irmã) ficaram guardadas numa mala perdidas no tempo.
Na vida adulta continuei gostando de bonecas mas demorei um pouco para voltar com o gosto por barbies.
Até que esse gosto voltou e comecei a reformar as bonitinhas que muito me fizeram feliz.

As bonitas antes da reforma.

Esse é meu Ken dos anos 80 ou 90 que eu ganhei de uma amiga na infância. Ele veio com terno, sapatinho e uma meia preta furada (que não esqueço haha) e apesar de hoje ele ser um item de colecionador na época eu nem pensava nisso e simplesmente massacrei o coitado.

Esse é ele antes sob os efeitos da Amandinha criança e ele depois dos produtos Ivone.

Um Ken muito parecido com ele no catálogo. Encontrei no blog da Ana Caldatto.

Quando vi ele no Toy Story morri de gosto.

Eu e minha irmã ganhamos essas barbies originais da minha mãe.

A minha chama Amanda (nome dado por minha prima), e da minha irmã chama Raquel.

Como sempre eu estraguei a minha com um lindo lápis de olho de caneta azul que com o tempo escorreu na borracha e ficou parecendo que ela não dorme a séculos.

Já a Raquel tinha uma linda passada de caneta laranja na boca que também derreteu e ficou parecendo que ela comeu meio quilo de macarronada.

Depois dos produtos Ivone elas se transformaram.

A Raquel voltou para sua dona, minha irmã, com um lindo look que costurei a partir de um molde dos anos 70 que vi na net.

E a Amanda se transformou numa gyaru dos anos 2000.

Essa é a Amanda.

Fonte da foto

Essa é a Raquel.

Essa era da minha prima. Ela foi a primeira barbie original dela e a minha prima se apaixonou por ela justamente por não ser loira. A coitada estava com olho de olheira de caneta e careca, tal qual um zumbi.

Ela voltou para sua dona depois que a reformei com um look leve de kimono, e bolsinha que carrega um scrapbook.

A bonequinha da bike era da minha irmã e prima então nem sei a procedência, mas sei que estava triste. O olho com caneta derretida e os cabelos caindo pq estavam podres.

Na reforma me inspirei na barbie ciclista antiga e fiz a roupinha bem vintage, no rostinho me inspirei na boneca japonesa Licca.
A bike fiz com arame, fita crepe e biscuit.

Eu tiro as manchas de caneta com pomada para acne e coloco no sol, sai tudo.
O doido é pensar que passamos isso no rosto.

Blog Ana Cadaltto

A inspiração foi essa barbie e o rostinho me inspirei na boneca japonesa Licca.

Essa bonitinha loira bem padronét era da minha irmã. Eu ganhei uma que estraguei e ela ganhou essa. Como minha irmã era mais cuidadosa essa sobreviveu no tempo, só teve o cabelo destruído.

A roupinha dela fiz bem anos 80tinha quando estava aprendendo a costurar.

A bela adormecida foi um marco na minha vida. Ganhei ela de presente e fiquei encantada que ela fechava os olhos. O cabelo dela e vestido eram impecáveis, mas depois de um tempo perdi o vestido e destruí o cabelo.

Na reforma dela me inspirei nas mulheres da década de 40 como a Marlene Dietrich. Hoje ela usa um conjunto de dormir feito com uma anágua da década de 60.